Petrolão

Petrolão foi o nome dado pela imprensa para o esquema de corrupção da Petrobras mundialmente noticiado, onde partidos políticos e empresas desviaram bilhões de reais dessa empresa estatal do Brasil.

Esse esquema de corrupção recebeu o nome Petrolão em 2014 em função da Operação Lava-Jato, uma investigação da Polícia Federal do Brasil que durante esse ano cumpriu dezenas de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva e temporária.

O dinheiro do Petrolão foi desviado por meio de contratos superfaturados que eram usados para o benefício de políticos como a compra de votos e o financiamento de campanhas. A investigação descobriu que o ex-Diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa recebia propina das empreiteiras para que fossem escolhidas nas licitações e que o doleiro Alberto Youssef repassava a propina para alguns políticos.

Entre os partidos políticos envolvidos na lavagem de dinheiro estavam o PP, o PT e o PMDB, além de empresários da Camargo Corrêa, da Odebrecht, da Engevix, da Andrade Gutierrez, da Galvão Engenharia, da Toyo Setal, da Queiroz Galvão, da Mendes Júnior, da UTC e da OAS. A Operação Lava-Jato continua em andamento e é considerada a maior investigação da história do Brasil.

Entre os políticos envolvidos no esquema estão Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo, Eduardo Cunha, Antônio Palocci e Eduardo Pezão, e apesar de não haver provas que confirmem a participação deles, os nomes dos ex-presidentes do Brasil Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram citados no depoimento do doleiro Youssef.

As investigações do esquema Petrolão continuam e a Polícia Federal estima que foram desviados mais de R$ 40 bilhões de reais da Petrobrás, e constantemente os jornais trazem novas notícias sobre o caso, divulgando novos nomes e valores que foram descobertos.

O que tem ajudado nas investigações é o acordo de delação premiada, que é um benefício legal dado aos criminosos que entregam seus cúmplices, dessa forma eles contribuem com a Justiça e têm a sua pena reduzida e, dependendo do caso, têm a sua pena extinguida.