Stakeholder é um termo de origem inglesa onde stake significa risco, participação ou interesse e holder é o mesmo que “aquele que possui”. Deste modo, o termo é traduzido para o português como público estratégico ou parte interessada.
Em outras palavras, Stakeholder é o mesmo que pessoas físicas ou jurídicas que direta ou indiretamente são afetadas pelas atividades de uma empresa ou organização e que, em contrapartida, também exerce sobre ela algum tipo de influência.
Os Stakeholders são frequentemente profissionais ligados a áreas profissionais como da comunicação, marketing, tecnologia da informação e administração de empresas. Desta forma, é importante que uma corporação independente de seu ramo identifique os seus stakeholders para elaborar o seu plano estratégico ou de negócios.
Como interveniente, os stakeholders podem ser desde acionistas até o governo. Os primeiros participam da empresa através de sua parcela de ações detidas como uma espécie de investidor e, em contrapartida, recebem parte dos lucros que ela alcança.
Já o Governo, entre outras coisas, cria taxas, impostos e leis. Outros bons exemplos de stakeholders são: os empregados de uma empresa, os consumidores, fornecedores e clientes.
O termo Stakeholder surgiu, pela primeira vez, em 1963 quando o filósofo norte-americano Robert Edward Freeman (1951 -) o empregou em um memorando interno, onde se referia aos grupos pelos quais sem o seu devido apoio não permitiria com que aquela organização existisse – a referência era dada ao Stanford Research Institute.
Para o filósofo, o termo stakeholder pode ser empregado em dois sentidos: um amplo e o outro mais estrito. No primeiro caso, se diz respeito a um grupo ou indivíduo que consegue influenciar ou então é influenciado pelos objetivos da corporação alcançados. No sentido estrito, o stakeholder diz respeito aos grupos ou indivíduos pelos quais a corporação depende para sua sobrevivência.
Entretanto, como partes interessadas, podem ainda receber outras distinções como apontadas na obra “Toward a Theory of Stakeholder Identification and Salience” dos autores Ronald Mitchel, Bradley Agle e Donna Wood que são 7 tipos, a saber: Adormecido, Arbitrário, Reinvidicador, Dominante, Perigoso, Dependente e Definitivo.
Stakeholders e Shareholders
Os dois termos são empregados no meio empresarial. Entende-se por stakeholders o modelo de responsabilidade social, pois ele possui valor social e retributivo, tendo em vista que a corporação deve gerar algum benefício às partes interessadas ou parceiros de negócio.
Neste modelo moderno, o lucro gerado será dividido proporcionalmente entre as partes de acordo com o nível de participação no negócio, ou seja, quem possui maior participação receberá maior parte do lucro, do que outra parte que participa em menor grau. De todo modo, os stakeholders estão em relação constante com a corporação.
O modelo de Shareholders foi o modelo mais utilizado durante o período industrial. A empresa é considerada como a entidade econômica que deverá proporcionar benefícios aos seus proprietários e acionistas ou shareholders já que o termo share é traduzido como “compartilhar”. Neste modelo, o sucesso de uma corporação exclusivamente se fundamenta na representatividade do lucro gerado.
A diferença básica entre os dois modelos é que o stakeholder é a versão mais moderna do shareholder sendo que este se preocupava somente com os lucros que a empresa a qual era acionista poderia lhe render, ou seja, se ela gerava alto lucro, a mesma era considerada como valiosa.
Já no modelo contemporâneo de stakeholder, a preocupação do acionista envolve fatores além do lucro financeiro como a responsabilidade social, a missão da empresa e os seus princípios éticos.
De certa forma, é a busca da estabilidade para que o modelo de negócio perdure por muitos anos e, consequentemente, atenda todas as necessidades das partes interessadas e como os intervenientes possuem interesses diferentes é necessário buscar o equilíbrio para que os problemas sejam minimizados e a empresa possa crescer mais.