Tirania é um termo que se origina no antigo grego, turannos, que na época clássica grega designava o tipo de governo tido como ilegítimo, que assume o poder de forma contrária àquela prevista em lei. A palavra ainda possui o mesmo significado, contudo, com o passar do tempo tirania também passou a ser sinônimo de governos arbitrários, opressores e violentos.
Num primeiro momento, uma tirania poderia representar um governo em que a despeito de sua ilegitimidade, trabalhava de modo a atender os anseios da coletividade sem recorrer à opressão ou à violência para isso. Na antiga Grécia, a tirania surgia em oposição aos governos monárquicos e apoiados pelas religião, eram governos exercidos por indivíduos que conseguiam apoio popular, militar e financeiro para tomar o poder e mudar a forma de governo.
Contudo, com o passar dos anos, muitos tiranos abusaram de seu poder e se por um lado houveram tiranos que fizeram muito bem àqueles que governava outros: passaram a usufruir do poder em seu benefício e dos seus aliados, tomando medidas controversas em prejuízo do povo, recorrendo à violência para acalmar ânimos e eliminar opositores.
Hoje, o termo tirania é um adjetivo indesejado para qualquer governo, tendo politicamente um sentido bastante pejorativo. Uma tirania nos dias atuais significa o pior tipo de governo possível, aquele que oprime e subjuga o povo, aquele que não trabalha para promover as condições para a civilidade ao conjunto da sociedade, foca seus esforços em interesses particulares, desvio de dinheiro público e imposição de ideias e valores.
O termo tirania, como algo que oprime e se impõe, ganha também um outro sentido mais coloquial como referência a certas tendências que circulam no meio social e que se impõe de tal maneira que muitos não conseguem escapar e se sentem oprimidos em relação a elas, como é o caso da tirania da beleza, tirania da magreza, tirania do consumo e etc.