Unicórnio é um animal mitológico, um ser que se assemelha a um cavalo e que tem um chifre em forma de espiral bem no centro de sua cabeça e geralmente é representado com a cor branca.
O nome unicórnio significa “um único chifre” e o animal simbolicamente está associado à força, à castidade e à pureza. As histórias que relatam unicórnios falam de animais dóceis, contudo, somente mulheres virgens conseguem se aproximar deles e tocá-los com facilidade.
As histórias sobre unicórnios nos dizem também que a coloração branca característica é própria de sua fase adulta, sendo que quando potro, sua coloração é dourada e na adolescência sua coloração assume um tom prateado. Seu habitat seriam as florestas localizadas ao norte da Europa.
Por sua conexão com a pureza e as mulheres virgens, o unicórnio aparece algumas vezes representado em iconografias cristãs simbolizando a Virgem Maria, mãe de Jesus, que o concebeu sem perder sua castidade. Isso pode ser constatado no livro Physiologus, escrito na Grécia do século V d. C..
As lendas e a mitologia falam ainda dos poderes mágicos contidos no pelo e no sangue do unicórnio. Por exemplo, em uma passagem da série Harry Potter, da escritora J. K. Rowlling, o vilão Voldemort bebe o sangue de um unicórnio buscando assim preservar a sua vida, contudo Voldemort é punido por matar um ser de tamanha pureza e converte-se num zumbi.
Não se sabe ao certo de onde provém as primeiras histórias sobre unicórnios, contudo sabe-se que na antiga China já existiam relatos sobre unicórnios, sendo a mitológica criatura citada por Confúcio e representada no estandarte de antigos imperadores. No Ocidente, sua presença é registrada em iconografias medievais e renascentistas, contudo, já no período helenístico, na Idade Antiga, existem relatos e desenhos sobre unicórnios.
Representações do unicórnio são vistas também em tapeçarias encontradas na região norte do continente europeu, assim como em caixas conhecidas como cassoni, muito característicos dos enxovais de casamento da Itália do século XV e XVI.
O unicórnio também aparece na história da heráldica, a arte de criar brasões de armas ou escudos, e assim encontraremos representações do unicórnio no brasão de armas do Reino Unido, Escócia e Canadá, por exemplo.
Na Astronomia, o unicórnio corresponde à constelação do equador celeste conhecida como Monoceros. Além disso o unicórnio serviu de inspiração para uma série de escritores e entre alguns dos mais significativos podemos citar Lewis Carroll, Peter Beagle e C.S. Lewis. Voltaire, na idade moderna retratará o unicórnio na obra A Princesa da Babilônia, e no cinema uma das histórias que melhor retrata o mitológico ser é o filme A Lenda de Ridley Scott.