Xepa é uma palavra utilizada na linguagem popular que significa comida servida nos quartéis. Na ocasião, os soldados costumavam fazer a seguinte menção “bater uma xepa”. Mas, o termo ainda pode ser atribuído ao sentido de coisa ruim ou resto.
Xepa ainda se refere à comida que sobrou do almoço e será guardada para ser servida no jantar ou mesmo no almoço do dia seguinte e, que para isso, será necessário aquece-la ou requenta-la, mas é bem provável que o sabor tenha sofrido alguma alteração.
O termo xepa ainda é utilizado por jornalheiros, para se referirem a uma folha que se encontra desgastada por ter sido lida e que ainda assim foi colocada novamente à venda junto com os demais jornais.
Nas feiras populares, xepa é o mesmo que as mercadorias restantes da venda e que apresentam qualidade inferior e, para o feirante não ter maiores prejuízos, ele as comercializa com um preço inferior para acabar com o seu estoque.
Por outro lado, o termo foi utilizado para nomear uma peça teatral e uma telenovela: Dona Xepa. Escrita por Gilberto Braga e dirigida por Herval Rossano, a primeira transmissão foi realizada em 1977, pela Rede Globo e o remake em 2013, pela Record.
A peça homônima de Pedro Bloch narra a história da feirante Dona Xepa (vivida na primeira versão pela atriz Yara Cortes e, na segunda, por Ângela Leal) que, sozinha, cria um casal de filhos.
Dona Xepa luta com muita dificuldade para dar uma boa educação para os filhos e quando estes conseguem melhorar de vida, passam a ter vergonha da mãe. Xepa passa por uma série de humilhações, principalmente da socialite falida Glorita, mãe de Heitor e marido de sua filha, Rosália.
A novela Dona Xepa fez sucesso em emissoras de TV internacionais e foi exibida em 10 países, inclusive, Portugal e Canadá.