Xogum ou Shogun significa “Comandante do Exército”. Durante os séculos XII e XIX, essa titulação era concedida aos chefes militares do exército japonês. Tal título era agraciado diretamente pelos imperadores para que o Xogum pudesse governar em seu nome.
Xogum também era uma espécie de título que os donos de terras na época do feudalismo recebiam.
Na realidade, xogum é a abreviação da expressão ‘Seii Taishogun’, que significava “Grande General Apaziguador dos Bábaros ou Generalíssimo para subjugação dos Bárbaros”. Porém, com o passar do tempo, ela foi simplificada para “Shogun”, forma grafada em japonês.
Quem governava formalmente o Japão era o Imperador, porém o Xogum tinha o poder de administrar o país. No entanto, tudo que ele ditava e ordenava era de responsabilidade do Imperador. Ele usava o nome do Imperador para fazer cumprir suas regras e normas.
O Xogum tinha o poder de governar em todas as esferas do poder: civil, militar, jurídica e até mesmo na esfera diplomática, por isso, o sistema de governo do Japão era chamado de Xogunato:
O Xogunato Kamakura era formado por três órgãos:
- O mandokoro: encarregado de assuntos relacionados à administração, finanças e política exterior.
- O samurai dokoro: encarregado de assuntos na área militar e polícial.
- O monchugo: encarregado de todos os assuntos da área jurídica. Agia como uma espécie de juiz.
Já em relação ao Xogunato Tokugawa era composto por cinco órgãos:
- O tairō: o grande ancião.
- O rōjū: conselho formado pelos anciãos, também conhecido como conselho maior.
- O wakadoshiyori: formação de um conselho menor.
- O ōmetsuke: censor.
- O machi-bugyō: governo civil.
“Xogum – A Gloriosa Saga do Japão” foi um livro escrito por James Clavell no ano de 1975. Ele narra a saga do fantástico mundo dos samurais e das gueixas no ano de 1600, época em que todos desejavam obter o título de Xogum.